E SE FOSSEMOS UM CUBO MÁGICO?

Noutro dia ouvi alguém a chamar a outro “és um cubo mágico”.

Fiquei com a chamada “pulga na orelha” pois nunca tinha ouvido tal expressão e a mesma despertou em mim, imensa curiosidade.

Fui pesquisar para tentar perceber o que significava “cubo mágico”. Traduzido tal e qual o diz o dicionário, chegamos a esta equação: Cubo — “sólido de seis faces quadradas iguais entre si, terceira potência de um número, peça central das rodas do veiculo (…); Mágico — “acontece por magia = fantástico, que encanta e seduz = encantador, fascinante e maravilhoso” (www.priberam.pt)

Quase baralhado! Se me chamassem Cubo, e olhando ao dicionário, consideraria que era uma das pessoas mais quadradas, mecânicas e frias. Por sua vez, chamarem-me Mágico, seria fantástico, encantador e que até seduz. Claro que esta é a versão “tiro limpo”. Prefiro outra. Aquela que me faz pensar.

Na minha pequena pesquisa, conheci o verdadeiro nome do cubo: CUBO DE RUBIK. Com o nome do seu inventor, Ernõ Rubik em 1974, é recheado por curiosidades que essas sim, podem relacionar-se com as pessoas. Deixo-vos algumas para… pensarem, apenas pensarem…

… é possível mover todas as arestas ao mesmo tempo, exceto uma… tal como as pessoas, podemos fazer de conta o que somos, podemos vestir o que não queremos, mas o nosso “eu” persiste em sair dos nossos poros mais pequenos do nosso corpo…
… 43.252.003.274.489.856.000 é o numero de combinações possíveis de fazer com o cubo. Desculpem-me mas não consigo escrever com palavras esta imensidão de número… tal como as pessoas, que possuem a capacidade de reunir milhões de sinapses sem darmos conta conscientemente, mas teimamos em não as usar, experimentar, criar…
… algoritmo de Deus, é o número de movimentos que permite resolver o cubo (em 2005 dizia-se que seriam 28 movimentos, em 2010 eram de 20) tal como as pessoas, quando queremos, simplificamos.
… branco, amarelo, verde, azul, vermelho, laranja são as suas cores… tal como as pessoas, transpiramos emoções através das cores. Dizem os especialistas que todos temos uma escala de cores próprias e que nela expressamos o nosso humor, a nossa imaginação, o nosso temperamento e os nossos sentimentos. Fantástico!

Quase que sugere dizer que não me importaria que me chamassem “Ó Cubo de Rubik”! Considero que tenho muito do que este enigmático quebra cabeças possui na sua essência que diga-se, é diferente de pessoa para pessoa, para o bem e para o mal.

Podia dizer quais as minhas cores, o que mais me assemelha, o que mais me aproxima. Não o faço… ainda me chamariam “Ó Cubo Convencido!”.