(En)cadeados.
Um cadeado.
Precisa de uma chave. Ou um código. Ou uma impressão digital. Ou não precisa. Para muitos, precisam mas não conseguem. Existe cadeados complexos. E cadeados com muita ferrugem. Ou as mãos que seguram também tem cadeados. Que coisa estranha!
Prisão? Talvez não. Um cadeado prende. Mas também protege. De quê? De quem? Quem toma a decisão da missão que tem o cadeado?
Eu? Tu? Vós?
Muitas vezes a pergunta assola o pensamento… quantos cadeados arrastamos atrás ou à frente dos nossos passos? Quantos cadeados são meus? E quantos são de outros? Quantos aceitei de coração? Quantos me foram colocados? Os cadeados são vírus, bactérias? Mas existe bactérias boas e os vírus não são seres vivos mas temos que os eliminar. Que confusão!
Quantos? Tenho a certeza que muitos. E não tem mal. Se for opção.
Se não for, temos opção. Espera! Repeti-me. Vou reformular.
Quantos? Tenho a certeza que muitos. E não tem mal. Se for opção. Se não for, temos opção. Ups. Repeti-me outra vez (apenas não fiz parágrafo. Desculpem).
Mas foi mesmo opção repetir-me.
Porquê? Quando os cadeados vagueiam pela rua e os deixamos prenderem-se a nós, deixamos invadir o nosso interior. Eles não gostam do exterior. São lapas auto consumidoras de órgãos emocionais. Ficam ali, a repetir a sucção de slides mentais à espera que a tristeza nos invada.
Ah, mas eles podem proteger. Dizem. Mas cá para mim, protegem do que não aceito enfrentar: ter coragem. Sim, ter coragem é uma equação complexa. Tal os cadeados.
Mas se queremos chegar a um lugar diferente, tiremos lá esses cadeados e viremos à esquerda. Não! À direita porque temos ido sempre para a esquerda e por ai já percebemos que chegamos sempre ao mesmo lugar.
Mas, claro, pode ser mesmo opção… chegar sempre ao mesmo lugar.